Carta ao Meu Pai
Sob as entranhas da terra jaz meu pai
Sob as entranhas da terra jaz meu pai
Já se passaram dezoito anos
Dezoito anos de silêncio para mim e para ti
Porque não me visitas a noite?
Porque não sai do teu túmulo frio e vazio e vem prosar comigo,
Velhas histórias, velhos segredos?
Afinal, quem és tu além de ser meu pai?
Me criaste?
Me deste educação e preceitos morais?
Não! me deste apenas um nome, o teu nome: João.
Pobre João, pobre de nós
Um pobre de vida, ausência mesmo,
O outro pobre de pai,
Pobre não, miserável!
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