George Bataille (1897-1962) era apenas um Arquivista na biblioteca nacional de Paris, quando em 1928, a pedido do seu analista escreveu a novela "a história do Olho" sob o pseudônimo de Lord Auch. Seu analista achou que faria bem ao jovem exorcizar seus demônios interiores, e transferir para a literatura o seu “grito de horror” à vida.
A parir dessa obra, o escritor se inscreveu para sempre no mundo das letras do Século passado, e lançou sua influência em escritores como Camus e Mishima, por exemplo.
Trilhado caminhos explorados por Sade, A história de olho é um misto de fantasia e autobiografia. O livro narra fatos perturbadores da vida de um adolescente de 16 anos que em companhia de uma amiga chamada Simone, mergulham dentro do mundo das descobertas sexuais longe da censura e da moral adulta. A Narrativa é repleta de obscenidades e perversidades contada de forma direta, econômica em adjetivos e cheia de imagens fortes e com um surrealismo peculiar.
O escritor utiliza a violência e a obscenidade como recurso criativo e estético para subverter a visão da normalidade, criando um efeito perturbador, contestador e libertador sobre os aspectos do desejo, do corpo, da vida e da morte.
A edição que li é da COSACNAIF, e como de costume, muito bem acabada e caprichada. Além da novela, o livro conta com ensaios enriquecedores e deliciosos de autoria de Roland Barthes e Júlio Cortázar e um prefácio muito bom de Elaine Robert Moraes, tradutora do livro.
Um livro terrivelmente perturbador!
(Fonte >>http://delicadamentemaleducado.blogspot.com/2009/07/historia-do-olho-georges-bataille.html)
(Espanhol)
(Portugues)
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