“Quando certa manhã Gregor Samsa despertou, depois de uma noite mal dormida, achou-se em sua cama transformado em um monstruoso inseto.” Da mesma forma como Franz Kafka nos convida a adentrar em um dos textos mais instigantes da literatura universal, o diretor teatral Valeri Fokin faz com a adaptação cinematográfica de A Metamorfose.
O filme é inteiramente desenvolvido em uma linguagem teatral, totalmente gestual e de poucos diálogos, o que apresenta ao espectador uma estética raramente vista no cinema.
Em momento algum Fokin se valeu de qualquer tipo de efeito especial para a transformação do personagem Gregor Samsa. O que se vê é um trabalho corporal e de preparação de ator como poucos já o fizeram. Yevgeni Mironov oferece ao espectador um verdadeiro inseto, sem sequer usar um risco de maquiagem, somente o corpo limpo. É uma performance que já valeria assistir ao filme. Além disso, a película vale pela linguagem pouco convencional e pela fidelidade de sentimentos que o texto de Kafka dialóga e faz sentir em seus leitores (AVI).
Fonte >> Cult 7
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